sábado, 26 de setembro de 2009

Sorri

Não sorrias.
Lá fora estão duas bandeiras que como por magia agitam-se em sentidos contrários. Voam cada uma para cada lado. O vento carrega-as de diferentes maneiras, escolhendo para cada uma delas um destino diferente.
Não sorrias.
Aqui dentro estão duas camas separadas. Para que cada uma tenha uma historia independente da sua companheira. Para que no sentido individual da partilha, o dar e o receber sejam apenas gestos egoístas.
Não sorrias.
Entre o lá fora e o aqui dentro fica o caminho a percorrer. O percurso entre o que já foi, o que simplesmente é e o que nunca será.
Sorri
No mar vi-te. Entre a força das ondas e a paz da baía fizeste-me entender que afinal as bandeiras voam juntas, a cama é unicamente nossa e o "é" torna-se no que cosmicamente foi definido para ser.
Sorri
O momento é agora. e agora já passou.

sábado, 12 de setembro de 2009

O melhor de sempre

Não sou muito de homenagens, mas não posso deixar passar.

Nasceu em 1963 e entrou na minha vida em 1987.

Algures nos campos da Damaia, todos queríamos ser o Michael Jordan.Os ricos e os pobres, os brancos e os negros juntavam-se todos e esqueciam as diferenças, para tentar imita-lo.

Foi uma fonte de inspiração. Vê-lo jogar, madrugada atrás de madrugada foi um prazer.

Não sei se foi o melhor jogador de sempre. Também não é assim muito importante.

Importante é ter sido o melhor jogador que conseguiu. Isso para nós sempre foi mais que suficiente.

Agora entra no Hall of Fame.

Continua a ser uma inspiração. Basta ouvir a ultima frase deste discurso...



Foi o ultimo sonho da minha vida que cumpri. Ter umas botas ténis iguais às do Air Jordan.

No vídeo seguinte está uma jogada que ele faz num jogo memorável. Finais de 1998 contra os Utah. Jogo 6. Scottie Pippen, o sargento-mor está lesionado e faz apenas 8 pontos. Michael Jordan joga com 40 graus de febre e faz 45 pontos (de 87 da equipa) e uma ultima jogada em que a perder por 1 ponto, rouba a bola e a 16 segundos do fim resolve. Reparem que nem festeja a jogada com a doença. Claro que vi em directo e nunca mais esqueci...



Mais algumas jogadas mais do que para recordar, para glorificar.



Um pouco do CV do Senhor.

Campeão da NBA - Chicago Bulls - 1991, 1992, 1993, 1996, 1997 e 1998.
Eleito o melhor jogador da liga universitária dos EUA - 1984.
Eleito rokie do ano na NBA - 1985.
Eleito Defesa do ano na NBA - 1988.
Recorde de pontos consecutivos num jogo na NBA - 22 pontos contra os Atlanta Hawks - 16/04/1987.
Eleito MVP da NBA - 1988, 1991, 1992, 1996 e 1998.
Maior número de desarmes na temporada - 1988, 1990 e 1993.
Maior número de pontos em uma única partida de playoffs - 69 pontos contra os Boston Celtics - 28/03/1990.
Eleito um dos 50 maiores jogadores da história da NBA
2 vezes campeão do concurso de afundanços na NBA - 1987 e 1988.
Maior marcador dos Chicago Bulls - 29.277 pontos.
Terceiro maior marcador da história da NBA - 32.292 pontos (superado apenas por Kareem Abdul-Jabbar, e Karl Malone).
Média de 30,1 pontos por jogo na carreira, a maior da história da NBA ao lado de Wilt Chamberlain.
Medalha de ouro nas Olimpíadas - 1984 e 1992.
Recorde de mais pontos num único período numa final de campeonato - 35 pontos contra os Portland Trail Blazers no jogo 1 da final de 1992

O que ando a ouvir...

Ah, o Metal! sempre o Metal...

Verdadeiro, Honesto, Brutal e Fiel!

Amon Amarth... que pena não os ter visto. Mas não vou morrer sem os ver!



Deus, o rato e a serpente que precisava de ajuda.

Nesses tempos no paraíso, Deus tinha dado a liberdade a cada uma das suas criações para serem livres e viverem de acordo com o desígnio natural. A história que vos conto tem como personagens além de Deus, o rato e a serpente.

O rato vivia no final da cadeia alimentar e tinha como objectivo de vida a manutenção do equilíbrio entre todas as espécies. Utopicamente acreditava que era possível viverem felizes, respeitando a diferença de cada um, naquele lugar idílico. Procurava durante a vida fugir do seu temível fim, que inevitavelmente seria servir de refeição a algum ser hierarquicamente superior na cadeia.

A serpente era um ser superior. Idolatrado por muitos, estava no topo da cadeia alimentar e tinha como principal objectivo o domínio da sua espécie sobre todas as outras. Procurava durante a vida que todos os seres rastejassem perante si.

A vida do rato passava-se entre fugas e esconderijos em buracos, enquanto a serpente passava o seu tempo na eliminação de outros seres e na continua procura de crescimento.
Certo dia o rato encontrou um ninho de serpentes em que a matriarca se encontrava ferida e sem possibilidades de prosseguir a sua missão de domínio da serpente. O primeiro instinto do rato foi fugir. No entanto, lembrava-se das palavras de Deus que lhe dizia que se deviam auxiliar sempre os outros seres do paraíso para que o equilíbrio se mantivesse.

Voltou aterrorizado e iniciou a sua ajuda. Olhou nos olhos da serpente e por alguma razão inexplicável havia algo que o levava a confiar que seria diferente. Auxiliou a serpente e as suas serpentezinhas, durante tempos que pareciam infindáveis a recuperar do mal que as afectava e que muito tinha a ver com o rápido crescimento do seu domínio.

Existiram alturas em que teve medo mas nessas pensava que apenas estava a cumprir a palavra de Deus. Quando tinha momentos de verdadeira vontade de desistir e deixar as serpentes à sua triste sorte, recordava-se dos olhos da serpente mãe enquanto lhe pedia ajuda e lhe dizia que não existiram mais guerras com ratos.

Para ele nada era mais importante do que satisfazer Deus. Chegou o tempo em que sentiu que tinha atingido a consideração daquelas serpentes e que pelo menos elas não fariam dele o seu prato principal.

As serpentes foram recuperando e chegou a altura em que o rato já nem necessitava de lá estar. No entanto, continuava na sua missão de auxílio.

Chegou o dia que ao chegar ao ninho, sentiu uma picada nas costas. Tinha acontecido o que esperava. A matriarca já não necessitava dele e tinha voltado à sua ambição de crescimento e domínio, sendo que como exemplo para as suas serpentezinhas o primeiro que seria dizimado seria o rato.

O rato enquanto definhava não se arrependia, nem tinha qualquer mágoa. Olhava nos olhos da serpente e pareceu-lhe ver uma lágrima. Sabia que era apenas uma sensação, pois como ele sabia, Deus não tinha dado lágrimas as serpentes e como tinha descoberto com a picada, mesmo que tivesse dado lágrimas não lhes tinha dado qualquer tipo de sentimentos.

No fim tinha cumprido a missão que Deus lhe tinha dado e era isso que o consolava.
Apenas tinha pena dos outros ratos que seriam dizimados por aquelas serpentes que ele tinha ajudado a manter.

Sabia que apesar dos seus esforços, os ratos nunca viveriam em paz com as serpentes.

Era o desígnio de Deus e isso era soberano.

Ela

Ela é a esperança que nem todas as pessoas que se conhecem sejam desilusões.

Ela esteve em todos os sorrisos.

Ela conhece todas as feridas.

Ela é indescritível.

Parabéns para Ela!


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Verbos

Amar
Criar
Amar
Nascer

Amar
Sofrer
Amar
Brincar

Amar
Estudar
Amar
Crescer

Amar
Aprender
Amar
Respeitar

Amar
Honrar
Amar
Enlouquecer

Amar
Envelhecer
Amar
Auxiliar

Amar
Ensinar
Amar
Esquecer

Amar
Reconhecer
Amar
Partilhar

Amar
Recordar
Amar
Sorrir

Amar
Partir
Amar
Amar