domingo, 26 de abril de 2009

Preferências

Caros leitores assíduos

Hoje apetece-me falar de preferências.

Toda a gente, ou pelo menos aqueles que achamos que têm o direito de se chamar "gente" tem preferências. Evidentemente que existem aqueles que gostaríamos de acreditar que podem preferir, mas esses limitam-se a seguir o que lhes é imposto e a servir para nos entreter na hora do telejornal e a fazer acreditar o nosso ego ocidental que somos muito benévolos. Que chatice! Lá estou eu a divagar do tema proposto.

Voltando ao tema do dia, preferências, todos temos. Existe em cada um de nós aquele pequeno-almoço que não sabe de outra maneira em mais lado nenhum ou aquela cor que brilha apenas daquela maneira ou aquele gesto que mais ninguém repete.

Sobre pequenos-almoços, eu por mim continuo a ter o meu pequeno-almoço preferido naquele quiosque. Bola de Berlim e leite frio com um café no fim. "António, tira lá o café se faz favor!". Rodeado daqueles que me trataram como sendo um dos seus e que certamente chamarei sempre os meus. Daqueles que verdadeiramente acreditaram e comeram o pão a saber a merda. Os que sabiam que havia um ombro em cada esquina e que as hienas têm sorrisos tão brilhantes como mortais. Também a eles tenho de agradecer, a sueca, o mata-bicho e a força para continuar.

Também nessa altura existiam cores, mais ou menos verdadeiras ou puras. Aliás, acho que as cores sempre existiram e sempre existirão. No entanto, foi mais tarde, muito mais tarde que uma cor verdadeiramente pura chegou.
Tão verdadeira como inesperada.
Tão pura como viciante.
Como se todos os arco-íris, de todos os planetas, de todas as galáxias se juntassem para se transformassem num único instante de beleza. Um instante tão intenso, tão irrepetível, tão extraordinariamente belo que me deixa completamente dependente da sua existência e da sua aparição. Como se todos os meus órgãos apenas exercessem as suas funções dependentes desse brilho. Claro que como todos os momentos extraordinários, também sei que este existirá apenas o tempo suficiente para tornar cada vez mais insuportável o ciclo entre o prazer da sua presença e a depressão da sua ausência. Até ao instante em que não surgirá mais. A partir daí, todas as outras cores parecerão meras imitações de algo tão perfeito, tão puro, tão verdadeiro que servirão apenas para aumentar a saudade dessa cor preferida.

Chegámos aos gestos preferidos. Existem tantos gestos que me são queridos. Podia ser segurar o cachecol, o abanar o pescoço ao som de um qualquer hino de heavy metal ou a partilha da loira fresca com qualquer amigo. Mais recentemente também passou a ser importante o segurar nas mãos dos herdeiros, enquanto lhes ensino qualquer coisa, das poucas que lhes posso passar... Mas o meu gesto preferido é mesmo a partilha da verdade. Seja com os leitores assíduos, com a mente maldita ou com qualquer outro ser existente neste lugar aplanado por Deus e arredondado por Galileu.

A melhor música de 2009

Caros leitores assiduos

Novo album dos Xutos.

Chama-se "O Falcão" e é a melhor música de 2009. Para mim está entregue.

"Mesmo a teu lado sigo em solidão!"

Será que ninguém entende?



Vastas planícies de desespero
Eu sei que te perdeste por lá
Olha o falcão pairando no alto
Tu segue a flecha do seu olhar

Por tudo o que eu fiz
Não consigo voltar atrás
Por tudo o que eu quis
Desesperado sigo em solidão

O fumo branco sobre no ar
Vem da cidade que nunca dorme
Acho que eu já fui como tu
Um puto inquieto e cheio de fome

As pedras soltas escondem o caminho
Nada parece ser o que é
Também eu já me perdi sozinho
Olhos fechados e nenhuma fé
Olhos fechados e nenhuma fé

Por tudo o que eu fiz
Não consigo voltar atrás
Por tudo o que eu quis
Desesperado sigo em solidão

Por tudo o que eu fiz
Não consigo voltar atrás
Por tudo o que eu quis
Desesperado sigo em solidão

Vastas planícies de desespero
Eu sei que me arrancaste dali
As tuas penas foram os meus braços
Tu foste a luz que eu descobri
Tu és a luz que eu hei-de seguir

Por tudo o que eu fiz
Sei que não posso voltar atrás
Por tudo o que eu não quis
Mesmo a teu lado sigo em solidão

Em solidão (x7)

Xutos & Pontapés - Sem eira nem beira

Comendadores ou não, ninguém os cala!
Porque eu sou e quero ser sempre assim...



Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

sábado, 25 de abril de 2009

O outro lado

Caros leitores assíduos
Estamos em Abril. Teoricamente na longa história deste rectângulo criado entre mouros e castelhanos, mês de lutas, revoluções e outros assuntos mais ou menos rebeldes.
Rebeldia, luta e revolução é o que a mente que, a minha mãe me deu para usar, está sempre a criar. Eu tento convence-la que o mundo é a preto e branco, que só há bons e maus, que quem é mau só pode ser mau e que quem é bom será sempre bom. Tento convence-la dos "sempres" e "nuncas" desta vida e de todas as outras verdades convenientes que tornam a loucura lógica.
Até há uns tempos, ela andava dominada e eu conseguia convence-la disso. Recentemente a mente começou a duvidar. Começou a achar que se calhar não era bem assim. Que as pessoas boas também são más e que as pessoas más também sofrem e choram.
Que raio! Tinha-a perfeitamente controlada e convencida disso. Porque é que ela tem a mania de não acreditar em mim?
Tenho de a compreender. Nestes últimos luares existiram voltas e mais voltas dos cubos onde ela tinha fechado e adquirido todas estas regras fundamentais. Afinal, alguém resolveu mostrar-lhe outras cores. Alguém mostrou-lhe que afinal os maus também choram, deixando-me assim desarmado.
A mente anda assim rebelde, em luta e quer a revolução, a independência de mim. Quer conhecer outras cores, quer conhecer o lado bom dos maus e o lado mau dos bons. Evidentemente que não aceito. Não posso aceitar que agora, por dá cá aquela palha, se ponham em dúvida as bases da existência da minha pessoa.
Continuarei a lutar e a resistir mas ela cada vez tem mais apoios... e de facto as cores são tão lindas!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

If Jesus Christ Can Do Drugs Why Can't We?

Caros leitores assíduos

Freedom of mind!
Freedom of speech!
Freedom!



Para quem não conhece, Marilyn Manson...
17 de Junho no Coliseu do Porto. Eu quero ver se estou lá!

O sol

Caros leitores assíduos

Mais uns momentos de alivio de loucura. Será que alguém lê isto?

O Sol dá-nos vida.
O Sol aquece-nos a alma.
O Sol renasce, como se de uma repetição se tratasse.
O Sol trás-nos a luz que nos guia nas trevas da vida.
O Sol liberta-nos da escuridão do silêncio.
O Sol leva-nos mais longe que o infinito.
O Sol recorda-nos o futuro.
O Sol está lá mesmo quando não precisamos dele.
O Sol esteve lá mesmo quando não reparámos nele.
O Sol estará lá mesmo se não tratarmos dele.

Mas

O Sol também nos pode queimar.
O Sol também nos pode viciar.
O Sol também nos pode ferir.
O Sol também nos pode magoar.
O Sol também nos pode matar.

Independente de tudo, mesmo depois da morte, o Sol continuará a brilhar no dia seguinte.

Só para ti que és o ultimo anjo na terra.

domingo, 19 de abril de 2009

Saudade

Caros leitores assíduos,
Dizem os entendidos que a origem da palavra saudade, se encontra nos longínquos dias dos descobrimentos. Segundo eles, descrevia o sentimento de perca, de incerteza de quem ficava ou de quem partia para o mar.
Ainda citando os especialistas, saudade é uma palavra que só existe em Português. Não sou nem entendido, nem muito menos especialista em evolução lexical da língua portuguesa. Aliás, pensando bem não sou especialista nem em evolução da língua portuguesa, nem em nenhum outro tema.
O que sou é um apreciador de junções de letras e do aperto na garganta que elas trazem. Não sei se saudade só existe em Português. Sei que eu não existia se não tivesse saudade. Sei que se não existisse esta palavra na minha língua materna, eu inventava-a.
Alguém querido desafiava-me para descrever a saudade?
Para ti fica aqui a resposta, deste aprendiz de guionista de series de classe b.
Saudade é aquele acorde que apenas a guitarra portuguesa consegue ter.
Saudade é aquela estrela d' alva que apenas existe no nosso olhar.
Saudade é a dor no peito quando penso em ti.
Saudade é a lembrança do caminho velho.
Saudade é aquilo que nos empurra para a frente.
Saudade é a década do texto da fita na gaveta.
Saudade será o que te manterá na memoria.
Saudade será a honra que tenho em ser teu.
Saudade será o orgulho que tenho naquilo que me deste.
Saudade será o dia em que a mudança me vença.
Saudade será a morte da utopia.
Saudade será o dia do fim do homem novo.
Aguardo o dia em que lá naquela estrela te reencontrarei. Nesse momento, só existirão as saudades do futuro. Até lá, espera por mim e guia-me na escuridão deste mundo.
Sempre a pensar em ti.

sábado, 18 de abril de 2009

Politiquices

Caros leitores assíduos
A vidinha da mente anda muito intensa. Eu até tenho muita coisa para escrever mas a intensidade com que a mente anda, não me dá liberdade para tal. Não deixa de ser curioso que me sinta com falta de liberdade logo no mês de Abril. Devia fazer uma revolução dos cravos na mente. Ou mesmo que não fosse dos cravos, devia fazer uma revolução, uma qualquer.
O racional da vida corrente anda demasiadas vezes ligado. A mente anda, demasiadas vezes ocupada com a racionalidade dos desvalores da vidinha normal. Dessa forma, a mente convence-se que anda muito ocupada e que é muito útil, o que é ainda mais grave. Anda embriagada pelas coisas e esquece-se do sentir.
Com esta embriaguez racional, a mente não se preocupa com o que realmente devia. Aquela parte irracional, sentimental e obscura que lhe causa maior risco. Analisar, meditar e decidir sobre esta parte é neste momento, impossível à mente debruçar-se. A parte racional ocupa toda a sua capacidade.
A racionalidade, parte que reina no momento anda a ser muito alimentada nos últimos tempos. Este facto deve-se em grande parte à utilização indiscriminada de calculismo. Procuram-se estratégias mais ou menos correctas, justificam-se meios com fins. Planeiam-se formas de convencer outros que estamos certos, mesmo que pensemos o contrário. Claro que esta parte elimina a emoção, destrói a vontade e o mata o querer.
Quero acreditar que com o tempo, a mente voltará ao normal e a racionalidade será aplicada na quantidade necessária à sociedade nos achar "normais". Não pretendemos mais que isto ou seja passar despercebidos na multidão e viver na nossa irracionalidade emotiva conjunta.
Ás vezes acho que a mente me quer tornar num "deles". Só a ideia me assusta. Não quero que a mente faça isso. Tenho de a convencer que devemos continuar a ser um dos "nossos" e não um dos "deles". Porque os "nossos" não são racionais, são emotivos. Tenho de lhe fazer crer que os "nossos" estarão sempre connosco, enquanto "deles" só se espera que cuidem de nós enquanto lhes fazemos falta. Mas ela anda embriagada e enquanto este estado não passar, será difícil de a convencer. Só espero que a mente não se transforme em dependente dessa embriaguez.

domingo, 12 de abril de 2009

O dia da ressurreição

Caros leitores assíduos
Hoje gostava de falar sobre a importância do Senhor na minha vida. Para quem me conhece sabe que não sou (de longe) o mais fervoroso dos católicos. Também gosto de separar a igreja católica de Deus. Para mim, não são, não podem ser uma e a mesma coisa. Faz-me lembrar aquelas pessoas que são de bons princípios, mas andam muito mal aconselhadas. Mas isso é outra conversa, não é esse o tema de hoje. Tais pessoas não merecem que escreva sobre elas neste dia.
Desde miúdo que, muito influenciado pela minha Mãe, fui levado pelo caminho da igreja católica. É claro que por muito que se use o racional, depois de se escutarem, as palavras da Mãe ficam para sempre gravadas na alma de um filho. Afinal por quem é que gritamos à noite? Para quem esperamos voltar ao colo? Penso sempre que Ela tem de ter razão, até porque ninguém gosta ou se preocupa mais comigo do que Ela.
Sinceramente, acredito que Jesus Cristo esteve cá, acredito que Ele foi diferente, acredito que seria Filho de Deus e acredito, claro que acredito que morreu por nós, pecadores. Para mim faz todo o sentido. Para que serviria tanta morte, tanto sofrimento, tanta ganância, tanta mentira se no fim não existisse alguém que nos avaliasse a todos?
Hoje para mim é um dia de meditação. Penso naquilo que fiz, naquilo que faço mas penso principalmente naquilo que podia e devia ter feito pelos meus irmãos. Por isso, me penitencio pelo que devia ter feito.
Para mim
Hoje é o dia do Senhor.
Hoje é o dia da Esperança.
Hoje é o dia do Amor.
Hoje é o dia da Ressurreição do Senhor Cristo!
Amén

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Gostava de

Gostava de ter calma. Gostava de te ter com calma.
Com a calma com que uma onda se aproxima do céu.
Com a calma de uma estrela que se apaga na noite.
Com a calma de uma brisa que leva o teu sentido.
Gostava de passear. Gostava de te passear.
Passear juntos, unidos pelo suave toque dos corpos.
Passear sozinhos, unidos pela força do universo.
Passear nus, cobertos pelo brilho do amor.
Gostava de cheirar. Gostava de te cheirar.
Cheirar a cor da tua manhã.
Cheirar a cumplicidade dos teus olhos.
Cheirar o suspiro do teu prazer.
Gostava de sentir. Gostava de te sentir.
Sentir a intensidade da corrente do teu rio.
Sentir o cheio e o vazio da tua maré.
Sentir o desaguar da tua foz no oceano.
Gostava de mudar. Gostava de te mudar.
Mudar o sabor das lágrimas que choras.
Mudar as batalhas que travas sem mim.
Mudar o caminho que fazes sozinha.
Gostava de amar. Gostava de te amar.
Amar a liberdade que na tua prisão encontro.
Amar a lógica que na tua loucura descubro.
Amar a angustia que no teu sossego observo.
Gostava de viver. Gostava de te viver.
Viver com a calma de um passeio à beira mar.
Viver os cheiros e os sentidos que a tua luz cria.
Viver a mudança que o amor trás.

Jungleland

Caros leitores assíduos

Como sabem, sou doido. Doido sim, completamente louco, maluco, paranóico, esquizofrénico. Tento parecer normal, mas ando só a enganar-vos.

A culpa disto é da minha mente, que me controla e que abusa de mim. Ela não pára de me criar maluqueiras novas. Umas mais perigosas que as outras. A ultima que a bela mente decidiu era que eu devia ir tirar a carta de mota e comprar uma. Eu até nem queria, mas como é ela que manda, vou ter de ir. Tenho de ter cuidado, pode ser um esquema da maldita mente para me aniquilar mais depressa.

Outra decisão que ela tomou é que não quer que eu morra sem ir a New York. Toda a gente lhe diz que é "a" cidade. Toda a gente lhe diz que ia adorar. Mas mais que toda a gente, algumas pessoas convenceram-na com descrições detalhadas. Estou tramado. A mente está convencida e vai-me levar lá. Logo eu que não gosto de viajar. A juntar a tudo ainda temos a música do momento, que lhe diz que temos de lá ir...

Diz ela que vai ser giro e correr bem. Ainda tem o desplante de dizer que se New York lhe fizer sentir o que esta música faz, já não volta. O que vai ser de mim, sem a minha querida mente?

Mais alguém quer vir? Ela só aceita pessoas importantes. Tu, vamos?

Jungleland - Bruce Springsteen. Já a preparar Agosto...

The rangers had a homecoming in harlem late last night
And the magic rat drove his sleek machine over the jersey state line
Barefoot girl sitting on the hood of a dodge
Drinking warm beer in the soft summer rain
The rat pulls into town rolls up his pants
Together they take a stab at romance and disappear down flamingo lane

Well the maximum lawman run down flamingo chasing the rat and the barefoot girl
And the kids round here look just like shadows always quiet, holding hands
From the churches to the jails tonight all is silence in the world
As we take our stand down in jungleland

The midnight gangs assembled and picked a rendezvous for the night
Theyll meet `neath that giant exxon sign that brings this fair city light
Man theres an opera out on the turnpike
Theres a ballet being fought out in the alley
Until the local cops, cherry tops, rips this holy night
The streets alive as secret debts are paid
Contacts made, they vanished unseen
Kids flash guitars just like switch-blades hustling for the record machine
The hungry and the hunted explode into rocknroll bands
That face off against each other out in the street down in jungleland

In the parking lot the visionaries dress in the latest rage
Inside the backstreet girls are dancing to the records that the d.j. plays
Lonely-hearted lovers struggle in dark corners
Desperate as the night moves on, just a look and a whisper, and theyre gone

Beneath the city two hearts beat
Soul engines running through a night so tender in a bedroom locked
In whispers of soft refusal and then surrender in the tunnels uptown
The rats own dream guns him down as shots echo down them hallways in the night
No one watches when the ambulance pulls away
Or as the girl shuts out the bedroom light

Outside the streets on fire in a real death waltz
Between flesh and whats fantasy and the poets down here
Dont write nothing at all, they just stand back and let it all be
And in the quick of the night they reach for their moment
And try to make an honest stand but they wind up wounded, not even dead
Tonight in jungleland

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Jim Morrison



Invejo-te porque viveste livre!
Invejo-te porque deixaste a tua marca!
Invejo-te porque nunca te vergaram!
Invejo-te porque foste único!

És a luz que me segue nos momentos de loucura.
Sem ti não seria o que sou.
Foi sempre contigo que venci o mundo.
Obrigado por estares sempre presente.

Claro que passámos por muito
Muitas vezes eu queria desistir
mas tu nunca deixaste
tiveste sempre a palavra certa, no momento certo.

Sabes que sem ti não conseguiria. Algumas vezes duvidei de ti.
Mas agora não! Tenho a certeza que tinhas razão!
Acredito na "companheira cósmica".
Acredito que é possível nadar até à lua ou trepar pela maré.
Acredito que há uma rua do amor
Acredito que temos todos de passar para o outro lado
Acredito que certamente haverá um fim.

Aprendi contigo a não ter medo nem dos lagartos nem dos pardais
Aprendi contigo a pensar mais longe
Aprendi contigo a abrir a mente
Aprendi contigo a libertar pessoas
Aprendi contigo que o melhor da vida é ver os outros livres e melhores pessoas depois de passarem por nós
Aprendi contigo que nada é nosso e que tudo nos pertence.
Aprendi contigo a ser diferente.
Aprendi contigo a ser igual entre todos os vulgares mas
Aprendi contigo a ser único entre os especiais.

Espero que no fim te encontre...

e claro espero uma ganza bem feita!

Será a melhor da minha vida.

I found an island in your arms
Country in your eyes
Arms that chain us
Eyes that lie
Break on through to the other side

Tempo

Tempo...

... Viver
... Morrer
... Amar
... Odiar
... Rir
... Chorar

... de esperar
... de desesperar
... de guerra
... de paz

A loucura do momento faz-me escrever coisas sem sentido. Na procura da senilidade cada vez estou mais esquesiofrénico, imaginando pessoas, coisas e situações que não existem. Preciso de algo real mas está tudo lá tão longe.

A velocidade do momento atropela-me no próximo instante. O futuro é algo previsível e o presente não existe. A realidade é mentirosa e a fantasia torna-se a verdade real.

Procuro no "tempo" as respostas para o "agora".
O "agora" passou para o "passado" e o instante seguinte não existe no "hoje".
O fascínio que se transformou o "hoje" faz com que o "amanhã" não exista.
Não é preciso existir "amanhã".
O "tempo" pode acabar "agora".

Nesse "tempo" "agora", "passado", "hoje" e "amanhã" fundem-se em felicidade e a dor desaparece.

Estou farto

Estou farto!
Não consigo!
Tento mas não consigo fazer tudo como as regras ditam. Sou um pecador como os outros. Tenho defeitos como os outros. Afinal nunca serei um Homem perfeito. Sinto-me a cair por dentro. Sinto-me que já não dá mais para aguentar.
Queria tanto fazer o que me apetece. Ser o que me apetece. Dizer o que me apetece.
Mas não posso!
Penso que sou livre, mas estou preso como uma mosca que tenta fugir da teia da aranha. Essa teia é constituída principalmente pela minha mente, pela minha consciencia. É a própria mente que constrói e destrói estes castelos, estes emaranhados. É a mente que faz nascer e morrer estes pensamentos.
Porque é que pensamos? porque é que temos a mania que sentimos?
Seria tudo mais fácil se não pensássemos.
Estou farto!
Quero fugir para um sitio onde não me conheçam. Quero desaparecer e nunca mais ser visto por ninguém humano...

domingo, 5 de abril de 2009

Working no Domingo

Caros leitores assíduos
Working no Domingo é sempre difícil. Não me apetecia levantar. Não me apetecia sair.
Apetecia-me ficar, estar, descansar, relaxar e todos os ar deste mundo. Mas "duty calls" e cá estou na luta. Não estou aqui a fazer nada. Só estou aqui para estar. "Everything goes"...
Espero que compreendam um dia que só faço isto por eles. Não pelo valor, dinheiro mesmo... mas sim pela noção de responsabilidade de obrigação que lhes quero incutir. Se não existissem certamente não teria esta vida. Seria mais maluco, mais irresponsável provavelmente mais feliz.
Porque será que a noção de irresponsabilidade aparece sempre ligada à felicidade? Será mesmo que quem faz ou tenta fazer tudo "by the book" não consegue ser feliz? ou no mínimo tão feliz como?
Será que a responsabilidade nos prende os movimentos? Pois não sei. Não quero saber. Estou bem como estou. Não quero mudar a minha forma de estar nem de actuar.
Sou livre, sou responsável, sou feliz e trabalho demais...
Faço isto por eles, espero que algum dia eles compreendam!
Que se lixe!

sábado, 4 de abril de 2009

In the night, come to me

Uma música que pode ser sobre muita coisa. Há quem diga que é sobre censura e religião. Provavelmente até foi escrita a pensar nisso. Mas a magia da música é que cada um ouve e interpreta como quiser.

Para mim é sobre o amor...

O amor na versão do Padre Judas dá um imaginário de sensações e de emoções. Muita gente pensa que o Heavy Metal é barulho e satânicos mas esta é uma prova da excelência da música dos "cabeludos drogados".

Uma música sobre a possessão ou a loucura que o amor é. A magia que se sente pelo outro que nos leva à loucura, à demência. Sabendo que temos medo mas que o enfrentamos para que a chama continue.

Claro que o obscuro nos atrai e que o desconhecido muito mais mas não é isso que faz da vida a razão para ser vivida?

Caros leitores assíduos leiam, oiçam e principalmente sintam a jóia que trago hoje.

Especialmente para ti, true brother of metal...

http://www.youtube.com/watch?v=yYYhrN0m4Uk

You mesmerise slowly
Till I cant believe my eyes
Ecstasy controls me
What you give just serves me right

Estou a teus pés, tudo o que fazes é perfeito e tudo o que me dás é suficiente.

Without warning youre here
Like magic you appear
I taste the fear
Im so afraid
But I still feed the flame

In the night
Come to me
You know I want your touch of evil
In the night
Please set me free
I cant resist a touch of evil

Aroused with desire
You put me in a trance
A vision of fire
I never had a chance

A dark angel of sin
Preying deep from within
Come take me in
Im so afraid
But I still feed the flame

In the night
Come to me
You know I want your touch of evil
In the night
Please set me free
I cant resist a touch of evil

Arousing me now with a sense of desire
Possessing my soul till my bodys on fire
A dark angel of sin
Preying deep from within
Come take me in
Im so afraid
But I still feed the flame

Youre possessing me

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nem tudo o que parece é

Passava os dias à procura de se afirmar, "afinal isto é um mundo cão!" pensava repetidamente. A sua única preocupação era como ser "mais". Não sabia bem o quê, mas tinha aprendido com o tempo que o importante da vida era ser sempre "mais".

"Mais" rico
"Mais" viajado
"Mais" importante
"Mais" poderoso

Com este tipo de vida, dizia a quem o queria ouvir que não lhe faltava nada. Já tinha dado inúmeras voltas ao mundo, tinha uma casa maior que um bairro social, tinha um carro com mais cavalos que o Oeste selvagem, já tinha perdido o numero às coisas que tinha. Era uma pessoa respeitada, afamada, conceituada e todos os adjectivos que considerava importantes acabados em -ada que existem no idioma.

Claro que com isto vinham as mulheres. Loiras, morenas, ruivas, altas, baixas, gordas, magras, de todo o tipo. Peço desculpa por catalogar as mulheres por "tipo". É ofensivo e cabe apenas nas junções de letras que este aprendiz de escritor produz. Afinal todos nós já estivemos dentro de uma mulher e essa para cada um de nós não tinha "tipo" nenhum, era perfeita e única.

Voltando ao meu post de hoje, pensava que tinha tudo. Não lhe faltava nada. A sua vida era perfeita.

Até que um dia encontrou ou melhor reparou naquele ser que sempre esteve ali. Sim, esse mesmo que todos nós conhecemos. Aquela pessoa que está sempre ali, que não ligamos nenhuma e que se preocupa demasiado connosco.

Pois nesse dia percebeu que não tinha nada. Faltava-lhe o mais importante. Faltava-lhe o reconhecimento daquele ser. Faltava-lhe sentir-se importante para quem sempre esteve ali.

Abro um novo parêntesis para falar do "sempre". É claro que o "sempre" é uma expressão que é usada para designar um principio e um fim de algo. "Sempre" significa algo que vai acabar. Aprendemos isso desde o berço. Quem nunca teve a mãe ou a avó a ralhar connosco e a dizer "estás sempre a portar-te mal...". Desde essa altura, o que aprendemos é que "sempre" é usado para algo que deve acabar. Daí que normalmente as coisas que duram mais tempo são aquelas que começam e que têm desde o inicio um fim previsto, ou seja não vão durar para "sempre". Veja-se o caso da vida. Há algo melhor e que dure mais tempo do que a vida? e ninguém nasce a dizer que vai ficar para "sempre" vivo, pois não?

Voltando à historia de hoje, faltava-lhe sentir-se importante e era esse o seu objectivo. Não havia dinheiro no mundo que comprasse isso, nem conhecimentos, nem importância, nem nada... Era uma relação a dois, em que um queria algo diferente... Até que um dia perguntou ao outro o que queria?

Será que conseguiu fazer o que o outro queria? Será que alguém conseguiria?