Passava os dias à procura de se afirmar, "afinal isto é um mundo cão!" pensava repetidamente. A sua única preocupação era como ser "mais". Não sabia bem o quê, mas tinha aprendido com o tempo que o importante da vida era ser sempre "mais".
"Mais" rico
"Mais" viajado
"Mais" importante
"Mais" poderoso
Com este tipo de vida, dizia a quem o queria ouvir que não lhe faltava nada. Já tinha dado inúmeras voltas ao mundo, tinha uma casa maior que um bairro social, tinha um carro com mais cavalos que o Oeste selvagem, já tinha perdido o numero às coisas que tinha. Era uma pessoa respeitada, afamada, conceituada e todos os adjectivos que considerava importantes acabados em -ada que existem no idioma.
Claro que com isto vinham as mulheres. Loiras, morenas, ruivas, altas, baixas, gordas, magras, de todo o tipo. Peço desculpa por catalogar as mulheres por "tipo". É ofensivo e cabe apenas nas junções de letras que este aprendiz de escritor produz. Afinal todos nós já estivemos dentro de uma mulher e essa para cada um de nós não tinha "tipo" nenhum, era perfeita e única.
Voltando ao meu post de hoje, pensava que tinha tudo. Não lhe faltava nada. A sua vida era perfeita.
Até que um dia encontrou ou melhor reparou naquele ser que sempre esteve ali. Sim, esse mesmo que todos nós conhecemos. Aquela pessoa que está sempre ali, que não ligamos nenhuma e que se preocupa demasiado connosco.
Pois nesse dia percebeu que não tinha nada. Faltava-lhe o mais importante. Faltava-lhe o reconhecimento daquele ser. Faltava-lhe sentir-se importante para quem sempre esteve ali.
Abro um novo parêntesis para falar do "sempre". É claro que o "sempre" é uma expressão que é usada para designar um principio e um fim de algo. "Sempre" significa algo que vai acabar. Aprendemos isso desde o berço. Quem nunca teve a mãe ou a avó a ralhar connosco e a dizer "estás sempre a portar-te mal...". Desde essa altura, o que aprendemos é que "sempre" é usado para algo que deve acabar. Daí que normalmente as coisas que duram mais tempo são aquelas que começam e que têm desde o inicio um fim previsto, ou seja não vão durar para "sempre". Veja-se o caso da vida. Há algo melhor e que dure mais tempo do que a vida? e ninguém nasce a dizer que vai ficar para "sempre" vivo, pois não?
Voltando à historia de hoje, faltava-lhe sentir-se importante e era esse o seu objectivo. Não havia dinheiro no mundo que comprasse isso, nem conhecimentos, nem importância, nem nada... Era uma relação a dois, em que um queria algo diferente... Até que um dia perguntou ao outro o que queria?
Será que conseguiu fazer o que o outro queria? Será que alguém conseguiria?
"Mais" rico
"Mais" viajado
"Mais" importante
"Mais" poderoso
Com este tipo de vida, dizia a quem o queria ouvir que não lhe faltava nada. Já tinha dado inúmeras voltas ao mundo, tinha uma casa maior que um bairro social, tinha um carro com mais cavalos que o Oeste selvagem, já tinha perdido o numero às coisas que tinha. Era uma pessoa respeitada, afamada, conceituada e todos os adjectivos que considerava importantes acabados em -ada que existem no idioma.
Claro que com isto vinham as mulheres. Loiras, morenas, ruivas, altas, baixas, gordas, magras, de todo o tipo. Peço desculpa por catalogar as mulheres por "tipo". É ofensivo e cabe apenas nas junções de letras que este aprendiz de escritor produz. Afinal todos nós já estivemos dentro de uma mulher e essa para cada um de nós não tinha "tipo" nenhum, era perfeita e única.
Voltando ao meu post de hoje, pensava que tinha tudo. Não lhe faltava nada. A sua vida era perfeita.
Até que um dia encontrou ou melhor reparou naquele ser que sempre esteve ali. Sim, esse mesmo que todos nós conhecemos. Aquela pessoa que está sempre ali, que não ligamos nenhuma e que se preocupa demasiado connosco.
Pois nesse dia percebeu que não tinha nada. Faltava-lhe o mais importante. Faltava-lhe o reconhecimento daquele ser. Faltava-lhe sentir-se importante para quem sempre esteve ali.
Abro um novo parêntesis para falar do "sempre". É claro que o "sempre" é uma expressão que é usada para designar um principio e um fim de algo. "Sempre" significa algo que vai acabar. Aprendemos isso desde o berço. Quem nunca teve a mãe ou a avó a ralhar connosco e a dizer "estás sempre a portar-te mal...". Desde essa altura, o que aprendemos é que "sempre" é usado para algo que deve acabar. Daí que normalmente as coisas que duram mais tempo são aquelas que começam e que têm desde o inicio um fim previsto, ou seja não vão durar para "sempre". Veja-se o caso da vida. Há algo melhor e que dure mais tempo do que a vida? e ninguém nasce a dizer que vai ficar para "sempre" vivo, pois não?
Voltando à historia de hoje, faltava-lhe sentir-se importante e era esse o seu objectivo. Não havia dinheiro no mundo que comprasse isso, nem conhecimentos, nem importância, nem nada... Era uma relação a dois, em que um queria algo diferente... Até que um dia perguntou ao outro o que queria?
Será que conseguiu fazer o que o outro queria? Será que alguém conseguiria?
4 comentários:
Será que sabemos o que os outros querem ? Será que nós queremos mesmo ? Será que a vida é traiçoeira ? Será ???? O que será ???
"Corra o mundo até perceber que o nosso castelo é o mais importante."
(Paulo Coelho)
Caro aprendiz de escritor,
gosto de o ler tão inspirado... infelizmente nem sempre existem palavras que digam tudo aquilo que habita em nós.
I GOT TO TRAVEL FOREVER
IT'S ALL WITHIN MY MIND
AN ENDLESS PATH TO ENDEAVOUR
BUT FOREVER IS A LONG LONG TIME
A procura é eterna ;)
Grande verdade essa.
As pessoas colocam várias máscaras ao longo da vida e muitas vezes nunca as conhecemos realmente.
Ás vezes essas máscaras são tão profundas que nem as próprias pessoas já conseguem viver sem elas.
Á que ser fiel a si mesmo e procurar ir para além das máscara...
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