Nos dias em que os minutos têm mais segundos, perdemos a noção dos momentos. Aqueles espaços em que desejaríamos que tudo permanecesse imutável e invariável. Nestas jornadas que ocorrem presentemente, nesta vida que descrevo, tudo é pressa e tudo é depressa.
Desde a pressa de acordar até à pressa de adormecer não existem outros instantes. Engole-se qualquer coisa em qualquer momento de qualquer esquina e vive-se ou sobrevive-se depressa. Seja pelo que se fez mas principalmente pelo que se devia ter feito, a vida vai passando a correr.
Momentos de prazer, simples, puros e despreocupados não existem. Existe intensidade sem interesse, existe persistència sem preocupação, existe pressão sem noção mas não existe humanismo nem respeito por si próprio.
Os momento em que a demora de chegar ao seguinte é infinitamente maior do que a demora que o anterior levou são tão raros como uma andorinha no inverno. Anseio por desfrutar. Apenas desfrutar o momento, o instante. Sem o antes nem o depois apenas com o agora.
Quando retornarem esses momentos, reencontrarei a paz e estarei mais perto da terra dos sonhos.
Sim a do Palma aquela onde posso ser quem eu sou, que ninguém me leva a mal.
A única coisa que tenho para ganhar nesta vida é tempo para perder.
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