Quando fecho os olhos vejo um caminho de terra feito pelo pisar repetido de quem vai e vem sempre com o mesmo destino mas sem ter destino algum. Quando fecho os olhos vejo um copo saído numa qualquer promoção a rolar até à porta feita por um qualquer pregador. Quando fecho os olhos vejo um buraco real feito pela imaginação de trampolim vermelho por muitos saltos mais ou menos olímpicos. Quando fecho os olhos vejo lá no alto uma pequena janela com uma inesquecivelmente leonina imagem. Quando fecho os olhos vejo um índio de pernas abertas a lutar num remoinho provocado pela água de um chafariz distante. Quando fecho os olhos vejo um sol silenciosamente cheiroso e muitos silêncios brilhantemente ruidosos. Quando fecho os olhos vejo leite-creme chantilly bongo gelado de morango natas bacon fiambre e queijo. Quando fecho os olhos vejo uma luz que me orienta que me indica o sentido e que me diz que existe. Quando fecho os olhos vejo dignidade igualdade fraternidade respeito lealdade e amor. Amar.Te Quando fecho os olhos vejo o infinito sempre numa aceleração constante para que ninguém diga que lhe conheceu o fim. Quando fecho os olhos vejo a minha loucura. Quando fecho os olhos vejo te. A ti. Sim tu que partilharás comigo aquele momento único de fusão e de verdade entre o passado o presente e o futuro. Tu sabes quem és e onde estás.
Quando fecho os olhos vejo que estarás lá quando nesse momento fechar os olhos. A partir daí veremos juntos.
Quando fecho os olhos vejo que estarás lá quando nesse momento fechar os olhos. A partir daí veremos juntos.
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